terça-feira, 31 de maio de 2011

Inglaterra pede união e adiamento das eleições da Fifa

Associação de Futebol inglesa também requisita orgão fiscalizador externo da entidade
Do R7, com Gazeta Press

AFPAFP
Joseph Blatter afirmou nesta segunda-feira (30) que "não há crise na Fifa"






















A FA (Associação de Futebol da Inglaterra) pediu o adiamento das eleições presidenciais da Fifa.
O presidente David Bernstein emitiu um comunicado requisitando mais transparência e o apoio
das outras federações nacionais. O pleito está marcado para quarta-feira (1º).


Secretário da Fifa acusou Qatar de comprar Copa, diz dirigente
Em 19 de maio, a FA anunciou que ia se abster de votar nas eleições, pois não simpatizou
com nenhum dos dois candidatos e estava preocupada com suspeitas de corrupção.
O suíço Joseph Blatter não tem concorrentes para tentar a terceira reeleição, pois
Mohamed Bin Hammam, do Qatar, ex-presidente da Confederação Asiática,
retirou sua candidatura.


O comunicado também a posição da entidade inglesa quanto ao polêmico 
cenário político no futebol.


- Em 19 de maio, a FA anunciou sua abstenção nas eleições presidenciais por duas razões
principais: primeiro, uma preocupação com as alegações relacionadas a membros do comitê 
executivo fez com que
fosse difícil apoiar qualquer um dos candidatos. Segundo, a preocupação com uma falta de
transparência e prestação de contas.


A FA aproveitou o momento de fragilidade da cúpula da Fifa para pressionar por um novo 
pleito, e também um orgão fiscalizador dos procedimentos da entidade.


- Os eventos dos últimos dias reforçaram nossa visão e nós pedimos às outras associações
nacionais que nos apoiem em duas iniciativas: primeiro, adiar a eleição e dar credibilidade 
ao processo, para que qualquer candidato possa ter oportunidade. Segundo, apontar um grupo
independente, genuíno e externo para passar recomendações em relação ao 
comando, procedimentos
e estruturas do processo de decisão da Fifa. 


Nas últimas semanas, diversos casos de corrupção foram revelados. O ex-presidente da FA, David
Triesman, acusou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e outros três dirigentes de pedirem 
propina para apoiar a candidatura da Inglaterra à Copa do Mundo de 2018, que será realizada 
na Rússia. A Fifa diz que todos estão "limpos".
Em seguida, Bin Hammam foi acusado de oferecer U$ 40 mil, cerca de R$ 64 mil, a dirigentes 
da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) 
em troca de votos.
Antes de ser suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol pelo Comitê de Ética, o dirigente
retirou sua candidatura. Blatter também sofreu investigação, mas foi inocentado.


Nos últimos dias, um e-mail do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, foi divulgado pelo 
presidente da Concacaf, Jack Warner, também supostamente envolvido na corrupção de
Bin Hammam.
Nele, o braço direito de Blatter afirma que Bin Hammam, principal nome do país na candidatura
vencedora à Copa do Mundo de 2022, quer comprar o posto de presidente a Fifa
da mesma forma 
que comprou a chance de sediar o Mundial. Ele alega que sua frase foi tirada do contexto.


A FA encerra lamentando o prejuízo ao esporte gerado nos últimos dias pelos problemas 
internos da Fifa.


- Essa foi uma semana muito danosa à reputação da Fifa e ao futebol. Para aumentar
a confiança em 
relação à forma como o jogo é comandado, acreditamos que nossas requisições seriam um passo
à frente e o mínimo a ser feito.

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