Após o meio-dia, na entrada do prédio na UFPE só se via pais esperando.
Do lado de fora das salas do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) só restaram os pais. Neste domingo (23), nenhum estudante chegou atrasado para fazer as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias; e redação e matemática e suas tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apenas um jovem chegou correndo às 12h02, quando os fiscais ainda estavam fechando os portões, e conseguiu entrar. Os familiares continuam apoiando, no segundo dia de prova, os candidatos à espera de um bom resultado.A torcida é positiva, mães chegam a fazer pressão para os fiscais não deixar ninguém de fora. Ana Paula Rêgo Barros, que espera a filha Andreza, 18 anos, comentou que ontem, no primeiro dia de prova, um estudante chegou às 12h13 e ela ficou implorando para que deixassem ele entrar, mas não teve jeito. "É ruim quando a gente vê alguém triste porque não conseguiu chegar. Por isso a gente fica pedindo por eles também", diz.
Ana Paula diz que a filha ficou muito nervosa para prestar o exame e que se sente segura quando sabe que ela está por perto. "O sentimento que a gente deve transmitir é o de segurança, desde o início da batalha até o fim. Eu poderia até dar uma saída, mas sei que ela fica confortável em saber que estou aqui fora", conta.
Já para Tânia Monteiro, mãe de Camila, 17 anos, que tenta pela primeira vez uma vaga em Medicina, tranquilidade é a palavra-chave. "Sinto como se tivesse meu dever cumprido como mãe, cada um tem que fazer sua parte com calma. Se não der certo, corrigimos o erro e partimos para outra", afirma. Segundo Tânia, que mantém a filha em uma escola particular na Zona Norte do Recife, essas provas não chegam nem perto do que passam durante o ano na escola. "Maratona maior é no colégio. Eles têm, às vezes, aula no domingo e as provas normais duram quatro horas", explica.
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