sábado, 21 de maio de 2011

Com esgoto estourado, maternidade do Barão de Lucena é interditada

saúde
Com esgoto estourado, maternidade do Barão de Lucena é interditada
Hospital ficou impossibilitado de realizar partos durante quinta e sexta-feira
Publicado em 21/05/2011, às 00h06
 Do JC Online

As gestantes que procuraram a emergência obstétrica do Hospital Barão de Lucena nas últimas quinta (19) e sexta (20) foram surpreendidas com a notícia da impossibilidade de realização de partos na unidade. O motivo foi o rompimento de uma tubulação de esgoto localizada na maternidade, que infectou todo o espaço.

Para tentar garantir o antedimento às mulheres, a medida adotada pelos médicos de plantão foi transferi-las para outros hospitais. Apenas nos casos considerados de alto risco, com possibilidade de morte para as mães ou bebês, é que foram feitos partos no local. Mesmo assim, o procedimento estaria ocorrendo no bloco cirúrgico geral, que não possui estrutura adequada.

Na noite de sexta, o Jornal do Commercio esteve no HBL e constatou o sofrimento de duas mulheres. Ambas chamadas Fabiana, encerrando a primeira gestação e esperando um filho do sexo masculino. E as coincidências não pararam por aí: as duas precisaram passar por três maternidades para conseguir dar à luz.

A primeira delas foi Fabiana Severina da Silva, 24 anos. A jovem, que havia sido atendida na Maternidade de Camaragibe, saiu do HBL quase sem poder falar devido às dores do parto que já sentia. Ela esperou cerca de duas horas para ser vista por um médico, antes de saber que precisaria retornar para Camaragibe, onde, finalmente, Cássio iria nascer.

“Eles só disseram que ela não podia ficar, mas não explicaram direito a razão. Além desse transtorno, nem ambulância pra levá-la até Camaragibe tinha”, denunciou Sandra Maria da Silva, irmã da paciente.

Também revoltado estava o vigilante André Luiz de Souza, 38, que acompanhou a esposa Fabiana Avelino Lamour, 29, durante a peregrinação entre as maternidades do Bandeira Filho, Barão de Lucena e Cisam.

A mulher apresentava uma gravidez de alto risco, com perda de líquido e com o bebê laçado pelo cordão umbilical. “É um absurdo isso que está acontecendo. Um problema desses não pode passar tanto tempo esperando solução. Por conta disso, todo mundo sofre, inclusive a criança, que nem nasceu ainda”, lamentou André.

Uma médica do hospital, que preferiu não se identificar, disse que a tubulação estourou durante a limpeza de um tanque no setor. “As gestantes chegam e já informamos que elas não poderão ficar. Estamos encaminhado todas para outras unidade”, confirmou.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde confirmou a interdição e evacuação bloco obstétrico, além da transferência das grávidas para o Cisam, Hospital Agamenon Magalhães, Hospital das Clínicas ou Maternidade Barros Lima. A assessoria afirmou, ainda, que na noite de sexta foi realizada a desinfecção da área afetada, com uso de produtos químicos específicos, e que a maternidade voltará a funcionar normalmente este sábado.
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